MEGALOPOLIS DIVIDE OPINIÕES EM CANNES

Por Adilson Carvalho

Reescrito até 300 vezes em 40 ano, Megalopolis, sonhado projeto de Francis Ford Coppola, finalmente estreou em Cannes na quinta-feira (16/5), com o astro Adam Driver no tapete vermelho. O diretor, que ganhou o prêmio máximo do festival – a Palma de Ouro – em 1974 por A Conversação, e uma segunda vez em 1979 com Apocalypse Now, dividiu opiniões com vaias de um lado e aplausos de outros, cada grupo movido por suas visões de um épico pessoal que consumiu décadas de desenvolvimento. Uma história que faz uma analogia como os Estados Unidos pós 11 de setembro e o império romano, além de referências a figuras de políticos, generais ou filósofos da Roma Antiga, o filme de Coppola reúne, além de Adam Driver, os nomes de Dustin Hoffman, Jon Voight, Aubrey Plaza, Nathalie Emmanuel, Shia LaBeouf e Talia Shire (irmã do cineasta). A história mostra um arquiteto (Driver) que quer reconstruir a cidade de Nova York como uma utopia após um desastre devastador, um épico ambientado nos tempos modernos. Abaixo, alguns dos comentários da crítica internacional:

Joshua Rothkopf, do Los Angeles Times, : “Fiquei entusiasmado com Megalopolis em toda a sua ambição louca e exagerada. Somente um espectador pouco caridoso o chamaria de catástrofe. Definitivamente, não é chato“.

David Fear, da Rolling Stone, : “Enquanto houver pessoas que gostem de filmes que realmente tratem de coisas e pensem nos últimos 6.000 anos de civilização humana, haverá um público para esse filme.”

O Daily Telegraph, do Reino Unido, : “O mais recente de Coppola é como Sucessão cruzada com Batman Forever e uma lâmpada de lava… Aubrey Plaza está fantástica nesse filme de banho sensorial que acompanha a luta pelo poder entre as elites de Nova Roma“.

Richard Lawson, da Vanity Fair : “Megalópole de Francis Ford Coppola é um projeto de paixão que deu terrivelmente errado. Talvez alguns cinéfilos vejam valor no épico há muito tempo tentado pelo diretor de O Poderoso Chefão. Muitos outros, no entanto, ficarão coçando a cabeça.

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