Por Adilson Carvalho
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Historias de vampiros já estão desgastadas e dificilmente me agradam ultimamente. O problema é que a modernização do mito que retira os elementos que davam charme à mitologia. ABIGAIL é até interessante em seu terço inicial colocando um grupo de sequestradores que levam a filha de um figurão milionário para uma velha casa, mas antes de conseguirem pedir o resgate se veem presos na casa s são eliminados um por um pela dócil menina assustada que se revela uma vampira. Os diretores Matt Bertinelli-Olpin e Tyler Gillet, que fizeram Pânico e Pânico VI, exploram bem o clima de mistério inicial, mas depois que revelam a natureza da personagem título se entregam a escatologia e a solução fácil. Boa a referência a E Não Sobrou Nenhum de Agatha Christie, mas os diretores não conseguem segurar a mesma narrativa ou a mesma criatividade, ficando tudo bem raso e nem mesmo Melissa Barrera consegue convencer, se deixando rotular como nova Scream Queen. A pequena Alisha Weir de 14 anos faz muito bem a transição de refém desamparada para criança monstro e segura muitas cenas. O filme foi o ultimo de Angus Cloud (Euphoria), que viveu o sequestrador Mac, morreu antes do lançamento do filme de uma combinação letal de drogas. Uma curiosidade: o filme é uma refilmagem distante de A Filha de Dracula (1936) mas isso não ajuda muito o filme com seu exagero de litros de sangue jogados na tela. Melhor sorte para a refilmagem de Nosferatu e o ainda não lançado Salem’s Lot de Stephen King. Os vampiros merecem.
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