VALE A PENA REFILMAR |NASCE UMA ESTRELA PARTE 2

Por Adilson Carvalho

Depois de rever tudo sobre todas as versões de Nasce Uma Estrela, agora vamos falar de Barbra Streisand e Lady Gaga. 22 anos depois de Judy Garland, o diretor Frank Pierson recriou “Nasce uma Estrela” trocando o cinema pelo mundo da música. Assim, Norman Maine tornou-se John Norman Howard (Kris Kristorfeson), um astro do rock que se envolve com a desconhecida Esther (Barbra Streisand). A medida que o abuso de álcool e drogas destrói lentamente John, Esther cresce e se torna uma cantora de sucesso. O filme foi um veículo para o talento de Streisand, cuja voz fez de “Evergreen” a melhor canção original pela Academia. A própria estrela teria dirigido algumas cenas devido a constantes desentendimentos com o diretor. Ela queria Elvis Presley para seu co-astro, tendo viajado para Las Vegas para pessoalmente convencê-lo. Com o insucesso das negociações nomes como Mick Jagger e Marlon Brando foram mencionados até a contratação de Kris Kristorfeson, que teve sua atuação apontada como inspirada em Jim Morrisson do The Doors, embora o ator tenha negado.

Streisand era a estrela de uma outra época, também co-produtora, tomando as rédeas da adaptação como veículo para seu enorme talento, seja atuando ou cantando. Terceira maior bilheteria do ano de seu lançamento, o filme recebeu vários prêmios e indicações, a versão de 1976 ainda foi incluída pelo AFI (American Film Institute) na lista de 100 maiores canções do cinema. Em 2013 ainda houve a versão indiana “Aashiqui 2” feita em Bollywood, chegando a mais de 9 milhões de dólares nas bilheterias ao longo de 4 semanas de exibição.

A força dessa história é que ela não apenas fez brilhar Bennet, Gaynor, Garland, Streisand e finalmente Lady Gaga. Jackson Maine (Bradley Cooper, que também escreveu e dirigiu o filme) é um cantor no auge da fama. Um dia, após deixar uma apresentação, ele para em um bar para beber. Lá, Jackson conhece Ally (Lady Gaga), uma insegura cantora que ganha a vida trabalhando em um restaurante. Ele se encanta por ela e seu talento. Mais tarde, os dois acabam se casando. Ao mesmo tempo em que Ally desponta para o estrelato, Jackson vive uma crise pessoal e profissional devido aos problemas com o álcool. Os momentos opostos acabam por minar o relacionamento amoroso do casal. O filme venceu vários prêmios e foi indicado a inúmeros outros, dentre os quais: Globo de Ouro de Melhor filme – Drama, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Canção Original Shallow, esta qual venceu. Na 91.ª edição do Oscar, recebeu oito indicações, incluindo para Melhor Filme, Melhor Ator (Cooper), Melhor Atriz (Gaga), Melhor Ator Coadjuvante (Sam Elliot), Roteiro Adaptado (Cooper) e Melhor Canção Original (Shallow), sendo vencedor do Óscar na categoria de Melhor Canção Original por Shallow. Uma história pungente e memorável que nos remete a toda uma constelação que inclui Monroe, Hayworth, Gardner, Hayward, Hepburn e tantas outras que marcaram seus nomes no firmamento Hollywoodiano, vidas que se acabaram, luzes que se apagaram como na letra de João de Barros para Luzes da Ribalta, apontando a certeza de que esse ideal renascerá em outros corações.

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