FILME DO DIA | AVATAR 2 O CAMINHO DAS ÁGUAS

Por Adilson Carvalho

Hoje dia internacional da água vamos rever o grande triunfo de James Cameron,  Avatar 2 O Caminho das Águas que ultrapassou o primeiro filme dos Vingadores, se tornando a 10ª maior bilheteria doméstica de todos os tempos, de acordo com o Variety. Feito extraordinário levando-se em conta que se trata de uma sequência que já contabiliza 14 anos desde que o primeiro Avatar chegou às telas em 2009. novamente dirigida por James Cameron, está na disputa em quatro categorias do Oscar: Melhor filme, melhor design de produção, melhor efeitos visuais e melhor som. A história, escrita pelo próprio James Cameron, trouxe à minha lembrança a lenda de Pocahontas com Zeytiri (Saldana) sendo sua representação alienígena e Jake Sully (Worthington) fazendo as vezes de John Smith. Simples assim como narrativa, mas em uma embalagem de super produção. Claro, que a história tinha outros méritos como uma mensagem antibelicista, alerta ambiental e propondo uma comunhão com a natureza utópica, mas admirável. Cameron usou todos os recursos então para fazer de Pandora um mundo crível, com fauna, flora e clima próprios. Hoje, 13 anos depois, a sequência expande nossa percepção de Pandora, e Cameron não disfarça as debilidades de sua história. Luta do bem contra o mal, a brutalidade e a ambição do homem em contraponto com o equilíbrio da natureza, tudo assuntos já tratados pelo cinema. A ofensiva dos Na’vi e dos Metkayina contra os homens do céu lembra propositalmente tribos indígenas contra o homem branco mau. Em várias sequências Cameron consegue fazer de Avatar 2 um western encenado em outro planeta remetendo às vezes a A Conquista do Oeste (1962).

Mas o filme de Cameron tem outras camadas que faz seus 190 minutos uma experiência cinematográfica que vale a pena. A defesa de Pandora também é a defesa da família contra uma ameaça destrutiva, e quando Jake (Worthington) diz que “Os Sully permanecem sempre juntos” o filme assume o drama familiar, equillibrado com ação e com momentos bem Discovery Channel, já que há várias sequências de pura contemplação quando somos levados ao mar de Pandora. São cenas belíssimas, de vislumbre apaixonante e que diluem propositalmente a história. Cameron não tem pressa de contar sua história, e nesse sentido é de se admirar que seu prestígio funcione a seu favor em uma época que os estúdios não estão nada inclinados a investir em trabalhos autorais. Logo, se pareço desmistificar o impacto nas telas do filme, na verdade estou fazendo o contrário, digo, apesar de clichês e de uma fórmula já conhecida, o filme é um épico cinematográfico que faz o ingresso valer a pena, não precisa ser perfeito ou original, apenas espetacular para os olhos. DISPONÍVEL NO DISNEY +.

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